Talvez
eu sofra de alguma síndrome que me faz expulsar possíveis amores.
Evitar
possíveis hemorragias sentimentais ainda continua sendo meu real propósito. Não
me leve a mal, mas eu sou assim, nunca me entrego mais do que por alguns dias,
nunca ultrapasso a faixa amarela que separa o gostar do amar. É da minha
essência, sabe? Se você não provoca em mim aquele frio na barriga, não deixa
minhas pernas bambas, então amigo, você foi/é apenas mais um possível amor passageiro
expulso pela minha síndrome de não-me-entregar-pela-metade, se for pra ser, que
seja por inteiro, que eu vá por inteira.
Tô
indo, okay? Não precisa levantar para abrir a porta, eu já conheço o caminho,
já vim e já parti tantas vezes que essas formalidades não são mais necessárias.
Essa é a ultima, certo? A ultima vez que eu abro essa porta, vou para não
voltar, minhas lembranças vão ficar, elas sempre ficam, mas escuta: Aprende
garoto, só deixe entrar outra mina se for pra ficar. Não se acostume a abrir a
porta e ver tantas chegarem e partirem assim como eu. Não é certo, nem com você
e nem com a gente.
Poupe
as teclas do seu celular, poupe suas horas digitando perguntas para aquilo que
não tem resposta, eu vou te ignorar, não vou te atender, mas é tudo para o seu
bem, garoto. É sério, não siga meus passos nas redes sociais fingindo curtir
status que no fundo não são reais, larga esse celular e vai viver, vai conhecer
alguém que ria das tuas piadas sem graça, que não implique com suas manias e
que goste de fazer nada do seu lado.
Não
me deixa te ver triste porque doi saber que eu causei tudo isso, eu não tô
pronta para fazer juras de amor que eu sei que não vou cumprir, é difícil carregar
a responsabilidade de ser o amor da vida de alguém. Não troque teus amigos do
futebol pelo sofá e a comédia romântica ao meu lado, trocar amigos é o primeiro
erro do bobo apaixonado. Não se apaixone, não por mim. Faz isso não, garoto, em
caso de stress coloca tua melhor roupa e quebre a rotina, vai pra rua. Me deixa
aqui, sendo vezes errante, vezes errada em meus relacionamentos, mas ó, desculpa
não ser a garota certa na hora errada, tá?
