Por todos os lugares que já passei ao
longo dos meus 23 anos – faculdade, trabalho, cursinho, viagens – sempre encontro
pessoas de todos os tipos: Calmos, agitados, dinâmicos, introvertidos... Porém
os que acabam por chamar minha atenção são os loucos.
Aqueles que topam uma viagem de
ultima hora, que embarcam em – e tem – ideias malucas para o fim de semana, que
acreditam até o ultimo instante que você vai conseguir ficar pronta em 5
minutos e para quem a palavra impossível não tem significado algum. Eu prefiro
os loucos porque esses vivem a vida de maneira intensa, trazem consigo um
conhecimento admirável, uma inteligência adquirida pelas experiências vividas.
Amores loucos também me encantam, a
liberdade de ser sem ter a pressão de agradar a ninguém, de viver como mais lhe
convém, de receber convites inesperados, fora de hora, tipo o passeio de bike
numa terça-feira qualquer, ou uma volta na Paulista sem definição certa de onde
quer chegar, ou aquela ligação pra avisar que está na porta do teu prédio. Eu
amo os amores loucos pela intensidade dos sentimentos, por conseguir tocar
fundo quando a maioria das pessoas são rasas, pessoas loucas quando gostam, gostam
pra caralho, sem pudores. Com esse tipo de pessoa meus pés descalços aprendem a
dançar num ritmo que a vida lá fora desconhece.
Só os loucos sabem quando é bom ir em
frente e quando é hora de mudar a rota. Certas habilidades, só os loucos tem,
como a de tornar qualquer dia um dia especial, de não te deixar desistir pelas
peripécias da vida, e de jogar limpo contigo, de dizer quando é amor ou quando
é apenas um lance. Me desculpem os lúcidos, os corretos e afins, mas os loucos
me ganham sempre, me instigam a acreditar em mim e a transformar meus medos em
válvula de escape para encarar tudo. Com eles é fácil mudar de ideia, de humor,
de direção. Não existe mundo entre o meio termo e o mais ou menos. Tudo é
possível. E ao invés de sonhar contigo, ele pega na tua mão e realiza.
Gente louca mantém o passo quando a
vida diz que vai dar merda, a gente paga pra ver, e se der medo, eles vão com
medo mesmo e fé no coração. Se der errado, eles tentam de novo, procuram um
jeito novo, seguem por outro lado, refazem o caminho pra encontrar o erro, mas
nunca desistem. E eu admiro isso.
Eu gosto é dessa loucura que alegra a
vida. De ser livre da perfeição. Gente louca vive o agora, o único tempo verbal
que interessa. Apreciam o lado bom da vida e o lado de dentro do ser humano. Gente louca não cabe no coração porque elas
são do mundo e carregam a sabedoria que muita gente lúcida não soube
aproveitar.
Entre o príncipe e o louco, eu
escolho o louco – sempre escolhi-, pois ficar presa em castelos ilusórios não
satisfaz quem já conheceu o mundo real ao lado de mentecaptos pela vida, por se
sentir vivo. Acredite, um amor louco vale mais do que o amor frívolo do dia a
dia que você pensa merecer.
Ainda esperando o príncipe encantado?
Pois saiba que eu te desejo um amor louco e real antes de ser perfeito!
0 comentários